Serviço educativo jacc

O SE JACC tem sido fundamental para a ligação entre os vários domínios e funções culturais do JACC. Com efeito, no SE JACC encontramos presentes a totalidade das dimensões de trabalho do JACC, desde a criação artística às iniciativas centradas no território e na cidadania.

São objectivos do SE JACC:

1. Fortalecer a rede de trabalho entre as diversas valências e projectos do Jazz ao Centro Clube: Arquivo Digital CHC, Clube UNESCO Unesco, programação do Salão Brazil, Festival Jazz ao Centro e projetos editoriais;

2. Proporcionar oportunidades de reflexão crítica e o cruzamento das práticas artísticas com temas da actualidade, criando espaços de diálogo entre os artistas, académicos, ativistas e comunidades;

3. Contribuir para a consolidação do Jazz ao Centro Clube enquanto estrutura de criação artística, dando suporte aos projectos no contexto do Salão Brazil, Festival Jazz ao Centro, Sons da Cidade, Dar a Ouvir, XJazz, etc.

Dar a Ouvir: Paisagens Sonoras da Cidade

Dar a Ouvir: Paisagens Sonoras da Cidade é um projeto desenvolvido pelo Serviço Educativo do Jazz ao Centro em co-organização com o Município de Coimbra. A iniciativa Dar a Ouvir tem como ponto de partida as paisagens sonoras da cidade e junta uma série de disciplinas artísticas que, de uma forma ou de outra, têm tratado da “ecologia acústica”, unindo várias preocupações das sociedades contemporâneas, desde logo as questões ligados ao mundo urbano e rural, a crise “ecológica” e a importância da escuta no (re)conhecimento do Mundo.

Desde 2017, o Convento São Francisco assume-se como lugar privilegiado para escutar as paisagens sonoras que vão soar e ressoar no Dar a Ouvir. Apresentam-se propostas, para todos os públicos, em diversas áreas artísticas, nomeadamente nas artes performativas e música. Destacam-se ainda as oficinas, que apelam à participação da comunidade na construção de projetos artísticos que utilizam, como matéria-prima principal, elementos sonoros oriundos de múltiplas paisagens.

As sonoridades características de uma cidade, além de um ingrediente cultural surpreendente para o trabalho artístico, compõem a sua identidade. Considerando a relevância deste património, um dos principais objetivos do Dar a Ouvir é partilhar, em cada edição, o trabalho de recolha e incorporação de novos registos no Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra, em especial através da exposição do Mobiliário Sonoro 01 (MS01). Este dispositivo interativo, desenvolvido com base numa parceria entre o JACC e o Computacional Design and Visualization Lab do Centro de Informática da UC, oferece a oportunidade de explorar criativamente as paisagens sonoras da cidade.

Clube UNESCO Coimbra – Arte, Património e Comunidade

O Clube UNESCO Coimbra: Arte, Património e Comunidade surge no âmbito da actividade do Serviço Educativo do Jazz ao Centro Clube (SE JACC) e a partir do trabalho realizado pelo JACC desde 2013, através do seu papel enquanto programador e produtor dos Sons da Cidade, iniciativa que celebra a inscrição da Universidade de Coimbra — Alta e Sofia na Lista de Património Mundial.

O Clube UNESCO Coimbra: Arte, Património Comunidade tem como principais áreas de interesse e intervenção:

→ Criatividade, Arte e Comunicação;
→ Cidadania e Participação Jovem;
→ Interculturalidade;
→ Inclusão Social e Comunitária;
→ Direitos Humanos;
→ Educação Artística e Musical;
→ Património Mundial e Imaterial.

Arquivo Digital do Centro Histórico de Coimbra

Desde que fixou a sua sede no Salão Brazil, na Baixa de Coimbra, o Jazz ao Centro Clube (JACC) tem vindo a desenvolver um trabalho de reflexão e aproximação à comunidade residente, com o objetivo de contribuir para a valorização e transformação criativa, social e urbana do Centro Histórico de Coimbra (CHC).

Um dos momentos mais significativos das ações entretanto desenvolvidas foi o projeto Museu Temporário de Memórias, patente num antigo Armazém de Fazendas, no Beco da Rua Velha, entre Junho e Setembro de 2016. Este Museu reuniu num espaço físico algo que desejaríamos transformar numa plataforma digital: a possibilidade de reunir conhecimento sobre o CHC, a partir de fontes - documentos e objetos - que dariam corpo a algo que se assemelhe a um ‘museu virtual’, mas igualmente fomentar a criação artística com base nos conteúdos reunidos na plataforma, bem como possibilitar a participação e o envolvimento comunitário através de contributos efetivos para a criação de dados (imagens, testemunhos, etc).
Interessa igualmente que este Arquivo Digital seja capaz de propor novas formas de conhecer o CHC, desde logo a partir do Arquivo Sonoro do CHC, projeto que o JACC desenvolve atualmente em parceria com o Departamento de Engenharia Informática da UC (DEI).

Foi com base nestes antecedentes que surgiu o projeto Arquivo Digital do Centro Histórico de Coimbra. A parceria entre o SE JACC e o DEI concretizou-se através do projeto de Mestrado de Daniel Lopes, na área do Design e Multimédia, para criação de um website que materializou a ideia. Esta colaboração foi alargada à Faculdade de Economia da UC (Mestrado em Intervenção Social, Inovação e Empreendedorismo, Licenciatura e Mestrado em Sociologia) e ao Centro de Estudos Sociais (CES), cujo contributo se traduziriu, sobretudo, na pesquisa, produção e inserção de conteúdos, através do envolvimento de estudantes de licenciatura e mestrado das áreas referidas.

No futuro próximo, esta plataforma digital procurará assim constituir-se como um repositório de conhecimento sobre a Baixa e a cidade de Coimbra, por um lado e enquanto ferramenta de ativação de projetos que criam relações entre a Academia e a Cidade para o desenvolvimento de iniciativas comunitárias, de pensamento critico e criativo para a Cidada(nia).

Arquivo Digital do Centro Histórico de Coimbra
Outros

JAZZ É FIXE! (2015)

Espetáculo musical dirigido especialmente a um público mais jovem, através do qual procuramos sensibilizar as crianças ejovens - mas também a família e os professores - e criar aoportunidade de contacto com os sons e a história do JAZZ. Fantoches, instrumentos, danças, blues e valsas, desde Django Reinhardt a Charlie Parker: assim se descobre que o Jazz é fixe!  Um trio composto por Álvaro Rosso (contrabaixo), Vânia Couto (voz e guitarra) e JoãoMortágua (saxofone) apresentam um espetáculo lúdico-pedagógico sobre o Jazz: a sua história, como se constrói, como se improvisa, como se pode cantar e sentir a música. Neste espetáculo, o público não se limita a assistir: um blues que se aprende a cantar e a improvisar, uma bateria feita de sacos de plástico, um saxofone que se toca com os pés, os dedos estalam e os corpos dançam até ao swing!

Ficha Artística
Álvaro Rosso(contrabaixo), Vânia Couto (voz e guitarra) e JoãoMortágua (saxofone)

PERDER O CHÃO! (2017)

Perder o Chão é uma experiência sonora que convoca à escuta profunda, inspirada no trabalho da artista e pedagoga Pauline Oliveros. Um convite para uma viagem através do ruído quotidiano mas atentando nos sinais insondáveis que a Terra emite, nos indícios que passam e sobre os quais caminhamos sem neles re-parar. Perder o chão, para escutar de novo: esta é, também, uma possibilidade de metamorfosear os sons que nos rodeiam – o ‘barulho’ - numa espéciede silêncio, para nele descobrir como o ouvido é uma surpreendente máquinade desvendar segredos, que transforma os lugares (des)conhecidos em espaços vibrantes, reverberantes de novos sentidos.

Ficha Artística
Uma criação do Serviço Educativo JACC e Catrapum Catrapeia Interpretação: Vânia Couto e Sandra Henriques

BOCA DE INCÊNDIO! (2018)

Oralidades, criolos, calões, abreviaturas, tradutores e correctores automáticos, linguagem cibernética: que linguagens podem co-existir no mesmo espaço social e político e como se relacionam? Que realidades habitam as linguagens como espaços de libertação? Por via da exploração de códigos ancestrais que nos chegam em linguagens como o Jazz e o Hip Hop, explorando as noções de improvisação, apropriação e repetição - da esfera social para a expressão sonora e vice-versa - este trio propõe samplar a realidade e as suas representações através da construção de uma identidade mutávele/ou de uma linguagem - espelho, como num loop ou no movimento de pergunta-resposta de um blues ou work song. 

Ficha Artística
Uma criação de Raquel Lima, Yaw Tembé e Sebastião Bergmann para o Serviço Educativo JACC
Com Raquel Lima / Yaw Tembé / Sebastião Bergmann
Desenho de luz: Guilherme Pompeu  Joelle Leandre, João Camões, Maria João,Kátia Sá, DEMO - Dispositivo Experimental Multidiscipilnar e Orgânico

jazz.pt

A jazz.pt é uma revista online (www.jazz.pt) dedicada ao jazz e à música improvisada. Depois de oito anos de edição em papel — foi fundada em 2005 — transitou para a Internet, assim conquistando um maior número de leitores. É a única publicação do género em Portugal, tendo uma longevidade que a torna num caso ímpar na história do jornalismo musical português.

Dá especial atenção à atividade nacional de músicos, editores e produtores de festivais e concertos por meio de agenda, notícias, entrevistas, artigos de fundo, reportagem de eventos e crítica de discos, publicados com uma frequência quase diária, sem descurar a cobertura de atuações ao vivo e gravações discográficas de muitos dos mais importantes músicos improvisadores e de jazz de vários países, aquando da sua vinda ao nosso país. Tem como princípio a prestação de um serviço tanto aos ouvintes do jazz como aos seus agentes.

A Redação da jazz.pt congrega uma boa parte dos mais prestigiados críticos de jazz do País e conta com alguns dos mais destacados fotógrafos portugueses de concerto além da colaboração de artistas visuais para trabalhos de ilustração. A equipa de escrita é profunda conhecedora das questões do jazz e da improvisação muitos dos seus elementos desenvolvendo outras atividades nos meios da música seja enquanto músicos programadores de concertos ou formadores.

No biénio 2020/21 dará continuidade ao trabalho de potenciar o papel da jazz.pt enquanto fórum de informação, reflexão, partilha e produção de conhecimento. A par disso, tem como preocupação central sinalizar e apoiar os novos talentos da cena musical portuguesa, promovendo o jazz que se faz em Portugal: a CENA JOVEM JAZZ.PT.


Cena Jovem Jazz.pt
Ao longo dos últimos 13 anos, a jazz.pt tem assumido o papel de observador e ouvinte do que vai acontecendo no nosso país na área do jazz e da música improvisada. Embora estejamos conscientes de que a realidade viva do jazz no nosso país é bem mais rica do que aquilo que nos tem sido possível veicular através desta publicação, acreditamos que a jazz.pt tem prestado um serviço às comunidades ligadas ao jazz. Mais, achamos mesmo ser possível pensar a atuação da jazz.pt enquanto serviço público, na medida em que tem permitido que leitores — mais ou menos próximos destas músicas e com maior ou menor grau de proximidade geográfica em relação ao nosso país — possam tomar contato com aquilo que por cá se vai fazendo.

Com a Cena Jovem, vamos um pouco mais além na missão a que nos propusemos e avançamos, assim, com uma série de iniciativas de apoio à criação e à edição discográfica, estendendo este projeto à promoção e à circulação nacional dos jovens artistas, através do trabalho em curso de constituição de uma Rede de Parceiros com estruturas culturais de Norte a Sul do País.

Com um enorme potencial transformador, unindo criadores, locais de apresentação e público, a Cena Jovem Jazz.pt trabalha no sentido de mitigar obstáculos no acesso aos trabalhos destes jovens criadores e demonstra a possibilidade de construção de projetos abrangentes nos seus objetivos artísticos e que respondem a necessidades reais e urgentes, tanto da comunidade artística, como dos potenciais públicos.

jazz.pt
jacc records

A JACC Records (JR) nasceu em 2010. Desde o início, acolheu no nosso catálogo artistas e grupos provenientes de universos muito distintos. Um número substancial das nossas edições são primeiros trabalhos e orgulhamo-nos desse facto. Os casos de Luís Vicente, Marcelo dos Reis, Desidério Lázaro, João Firmino, Luís Figueiredo e Slow is Possible são paradigmáticos no que diz respeito ao espaço concedido a novos autores.

Por outro lado, encontram no catálogo trabalhos de músicos com carreiras consolidadas e que olham para a JR como o veículo ideal para a edição dos seus trabalhos. Por outro lado figuram na editora nomes como os de Maria João, João Paulo Esteves da Silva, Carlos Barretto e Afonso Pais.

No biénio 2020/21, a JACC Records editará entre 10 a 12 discos, dos quais a esmagadora maioria resultará de encomendas do Jazz ao Centro Clube. Também na maior parte dos casos, tratar-se-ão de obras que juntarão músicos portugueses a músicos internacionais, fortalecendo a ligação da cena portuguesa a circuitos globais, onde obras discográficas e músicos portugueses possam circular.

JACC Records
xjazz

O XJAZZ – Ciclo de Jazz das Aldeias do Xisto nasceu em Maio de 2012, desenvolvido pelo JACC – Jazz ao Centro Clube a convite da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

Nos últimos oito anos, o XJazz tem tentado criar uma matriz de identificação do território com a fruição e criação artística de natureza experimental, com natural ênfase para o jazz e músicas com ele relacionadas. Este esforço foi feito aliando a dimensão criativa aos recursos endógenos do território - património, tradição, gastronomia, natureza, paisagem natural e cultural - e relacionando-os com formas de valorização imateriais capazes de acentuar a sua qualidade, singularidade e diferenciação.

A realização de um projecto desta natureza e alcance num território de baixa densidade tem implicado um esforço continuado de envolvimento dos habitantes, dos atores económicos e culturais locais, tentando assim potenciar o desenvolvimento integrado de outras iniciativas culturais, sociais e ambientalmente responsáveis.

O principal factor de diferenciação do projecto consiste na conciliação da dimensão artística com a estratégia de desenvolvimento territorial das Aldeias do Xisto (AX), particularmente no que respeita à criação artística emergente do contexto local, social e cultural, à sua apresentação em lugares improváveis, cruzando as dimensões urbana e rural, e aproveitando o carácter singular das AX para explorar conceitos, percepções e afectos de entendimento universal.

sons da cidade

Os Sons da Cidade celebram a inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista do Património Mundial da UNESCO sob o signo da reflexão e intervenção artística. Co-organizado pelo Jazz ao Centro Clube, a Câmara Municipal de Coimbra e a Universidade de Coimbra, o programa convida à deambulação e propõe a (re)descoberta e novas leituras da Cidade através do cruzamento de vários patrimónios: do edificado à língua e à música, da imagem à palavra e desta ao corpo e ao seu movimento no espaço-tempo.

Sempre com um tema diferente, que impulsiona a reflexão artística acerca do estatuto do Património Mundial, os Sons da Cidade são uma celebração mas incluem aspetos muito relevantes ao nível da criação artística e do envolvimento comunitário. As premissas para o trabalho a desenvolver articulam o Património (material e imaterial) com outras dimensões da vida sócio-cultural e com a crescente importância da dimensão patrimonial no desenvolvimento sustentável das comunidades. O património tem como objetivo - por definição - a transmissão e disseminação dos bens materiais e imateriais de uma geração para outra. O envolvimento comunitário é, neste contexto, entendido como uma componente primordial do património.

amadora jazz

O Amadora Jazz nasceu em 2011, enquanto Ciclo de Jazz da Amadora. É uma iniciativa do Município da Amadora, promovida em parceria com o Jazz ao Centro Clube.

Desde a primeira hora, promoveu nomes consolidados da cena jazzística nacional, a par dos jovens músicos a despontar, jovens os primeiros trabalhos. Atentar nos cartazes das suas 9 edições até aos dados é encontrar a grande parte dos artistas relevantes da cena nacional.

A iniciativa foi crescendo paulatinamente e, em 2019, contou com a participação pela primeira vez com nomes internacionais no seu cartaz (Marc Copland Trio).
Em 2021, o Festival regressa com um novo figurino e trocando o mês de março habitual pelo mês de maio.